Passei a noite no hospital aguardando noticias e nada. Apesar das insistências, não quiz ir para casa nem para trocar de roupa pois a minha estava suja de sangue. Já era de manha quando o medico apareceu na sala de espera e eu corri até ele enquanto algumas pessoas que ficaram comigo ficaram apreensivos.
- Doutor, por favor, como ela está? - Não muito bem na verdade. O estado é grave. Mas ela vai se recuperar. Acho que você devia esperar por noticias em casa, não queremos mais ninguém passando mal aqui, não é? De qualquer forma, ela vai ficar bem, só não posso dizer a mesma coisa da criança, ela corre grande risco de perder.
- Ooooo que? - Disse gaguejando e todos olharam assustados.
- A criança que ela espera, ela está gravida. Você não sabia?
Nesse momento fiquei assustado. Criança? Será que é minha?
- Não, eu não sabia, de quanto tempo? - 4 meses.
Eu não estava acreditando. Minha cabeça girava e eu pensei que fosse desmaiar. Tive que sentar e tudo passava pela cabeça. Aquilo não era possível. Por um momento veio na minha cabeça a imagem de nos dois no carro, entes de eu terminar com ela. Lembrei dele ter dito pre precisava falar comigo mas eu ter interrompido ela. Eu ia ser pai. Sei que ela era fiel a mim, então esse filho era meu. Uma lagrima caiu dos meus olhos. Se não tivesse beijado Alici nada estaria acontecendo. Se eu não tivesse feito isso eu não estaria perdendo o filho que nem sabia que existia até agora. Eu estava totalmente assustado e todos olhavam para mim assustados. O medico ainda esperava e eu só consegui olha - lo e perguntar:
- Ela está consciente? - Sim.
- Posso vê - la?
- Sim, mais rápido, ela precisa de muitos cuidados.
- Tudo bem.
O medico me guiou até o quarto e eu parei na porta devagar. Ela olhava o outro lado do quarto.
- Posso entrar? - Falei ainda com lagrimas nos olhos fazendo - a virar para mim. Gostou? Comente! Posto o outro ainda hoje!
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